Psicanálise

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Psicanálise no divan
Psicanálise no divan

A psicanálise é o tipo de psicoterapia que auxilia a(o) cliente a partir da investigação de conteúdos ocultos e nocivos gravados em seu inconsciente e subconsciente. Ela busca as causas mais profundas de sofrimentos, sintomas, desconfortos e questionamentos. É embasada nos estudos e experiência clínica dos psicanalistas Freud, Lacan, Jung, Reich e outros grandes nomes desta ciência.

A psicanálise também é uma ferramenta importante para quem não tem um problema emocional específico a ser resolvido mas busca:

  • aprofundar seu autoconhecimento
  • aumentar sua plenitude e lucidez no viver
  • interpretar os significados simbólicos dos sonhos durante o sono
  • interpretar os significados simbólicos das coincidências.

Por que tratar o inconsciente com a psicanálise?

O inconsciente é a parte da mente humana que guarda tanto os nossos aspectos positivos (dons, talentos, sonhos de vida, fé, devoção) como os nossos aspectos negativos (dificuldades emocionais, fragilidades, traumas, medos, inibições, afetos reprimidos, angústias, carências, inseguranças).

Esses aspectos negativos reprimidos no inconsciente se manifestam na nossa vida em formas de bloqueios de energia psíquica causando diversos tipos de sofrimentos: dificuldades nas relações humanas (família, relacionamento amoroso, colegas de trabalho, amizades), tensões e contrações musculares, ranger de dentes ao dormir, respiração superficial, sudorese desequilibrada, linguagem corporal negativa, doenças por psicossomatizações (cardíacas, hipertensão, distúrbios gástricos [gastrite ou refluxo]), crise de ansiedade, crise de pânico, depressão, angústia, solidão, vazio, frustração etc.

Principais técnicas da psicanálise

A psicanálise conta com quatro técnicas principais para revelar e interpretarmos os conteúdos inconscientes:

  • Associação livre: conversas sem censura / julgamento / punição / reprovação / castigo sobre temas variados da escolha do cliente, que quando se sente confortável e se entrega ao processo terapêutico com confiança, cria um canal direto de comunicação e expressão do seus conteúdos e repertórios racionais e emocionais inconscientes que regem negativamente (no caso de queixas) suas ações e entendimento de realidade. Até o início do tratamento pela psicanálise tais conteúdos inconscientes pareciam nem existirem devido ao mecanismos de ocultamento (repressão e recalque). A cada sessão a cliente vai descobrindo mais e mais destes conteúdos e tem a chance de ressignificá-los.

  • Interpretação dos sonhos: decodificação da mensagem simbólica transmitida pelo inconsciente quando sonhamos. Cada componente num sonho ou pesadelo é interpretado diante dos contextos de vida da cliente e também através de arquétipos.

  • Atos Falhos: decodificação dos enganos (gestos e falas acidentais). Cada engano ou lapso de linguagem ou gestual é interpretado analisando-se as “entre linhas” e intenções inconscientes de tal engano. São exemplos de atos falhos não intencionais, ou seja, sem querer:
    • trocar nome de pessoas
    • trocar nome de lugares
    • falar absurdos como “vou beber um relóginho” em vez da pessoa falar “vou beber um cafézinho”
    • brancos ou apagões de memória em que se esquece nomes, palavras, informações relevantes.

  • Sincronicidades (Determinismo Psíquico): decodificação das coincidências. São interpretados os eventos de vida fantasticamente coincidentes, por exemplo, uma cliente menciona na sessão uma música específica e depois de alguns momentos a mesma música começa a tocar em algum carro na rua em frente ao consultório.

A psicanálise adaptada para os tempos atuais

A psicanálise atual não precisa mais ser praticada como na época de Freud: com o cliente obrigatoriamente deitado no divã, e quase sem contato visual e feedbacks do terapeuta. A psicanálise foi modernizada de forma a usar toda a teoria da psiquê elaborada por Freud mas agora contando com melhoras significativas e mais humanizada na dinâmica das sessões. Toda questão ou colocação feita pela cliente em sessão deve ser respondida ou explicada pelo analista, e não mais ser praticado o silêncio que muitas vezes acabava atrapalhando ou desestimulando a pessoa a continuar seu processo de autoconhecimento pela psicoterapia.

Apesar de ter usado a foto de um divã para ilustrar esta página, na verdade, trabalhamos sentados em poltronas, um de frente para o outro, praticando uma conversa de forma bem leve e informal e ao mesmo tempo profunda e significativa. Caso prefira, a cliente também pode usar o divã.

Diferenciais importantes

Outras características diferenciais importantes da forma que pratico a psicanálise no consultório:

  • Sem elitismo e plutocracia – a psicanálise não precisa mais se restringir somente aos meios sociais mais ricos e abastados, pratico preços e planos de frequência acessíveis e flexíveis. Atendo pessoas de todas as classes sociais através destas facilidades que disponibilizo.

  • Sem ceticismo – para os primeiros psicanalistas toda forma de expressão religiosa ou espiritual eram tidos como delírios psicóticos de pessoas emocionalmente ou mentalmente desequilibradas. Sou contrário a esta conduta e tenho uma ampla base de formação e busca espiritual universalista. Devotas e praticantes de qualquer crença ou religião, céticos e ateus são bem vindos aos meus atendimentos. O tipo de fé escolhida e praticada pela cliente não deve ser um empecilho que o distancie dos benefícios da prática da psicoterapia. O psicanalista serve para ajudar e não para condenar as escolhas religiosas de seu cliente.

  • Sem aridez intelectual, frieza emocional e terapeuta com postura arrogante e prepotente como se fosse o dono da verdade – aquela figura tanto retratada nos filmes antigos do psicanalista vestindo terno e gravata, pernas cruzadas e pose de superior e distante da cliente já não é mais aceita pela sociedade. Somos todos pessoas comuns atravessando a experiência da vida neste planeta. A sessão de psicanálise deve ser um bate-papo suave, agradável, acolhedor, esclarecedor e atual com os acontecimentos da vida social e cultural.

  • Sem ser invasivo como um inquérito policial – poucas pessoas se sentem confortáveis para um massacre de perguntas muito íntimas, invasivas e constrangedoras sobre a criação recebida dos pais na infância e seus hábitos sexuais. Embora o complexo de édipo seja uma herança que ocorre em todas sociedades baseadas no modelo monogâmico abordar o tema família, infância e sexualidade deve ser feito com bastante leveza e respeito. Família, infância e sexualidade são temas que a cliente deve escolher quando, como e com que profundidade abordar. Psicanalista que enfia o dedo nas feridas emocionais (prática conhecida como Psicanálise Selvagem) atrapalha mais do que ajuda.

  • Sem terapeuta calado, quieto e mudo – muito frequentemente foi retratado no cinema a figura do psicanalista como um sujeito calado durante a maior parte da sessão e que não conversava com naturalidade com seu cliente, limitando-se a concluir suas sessões com frases ou questões tão enigmáticas que se tornavam incompreensíveis para a cliente. A psicanálise que pratico é repleta de feedbacks e troca contínua, um bate-papo autêntico, natural, honesto e agradável, com uma ampla troca de insights, percepções e reflexões objetivando proporcionar à cliente o crescimento ou reequilíbrio através do autoconhecimento.

  • Sem tratamento que dura anos – em muitos artigos na bibliografia científica e na Internet menciona-se o fato da psicanálise demorar anos o que tornaria encontrar um terapeuta uma experiência tão complicada como escolher um parceiro(a) para um relacionamento amoroso duradouro ou escolher uma carreira profissional. Pratico um método de terapia em que a cliente é incentivada a ficar na terapia apenas o tempo que ela mesma julgue o correto e adequado, podendo este tempo se limitar apenas a sessão cortesia, ou a algumas semanas, ou a alguns meses etc. A terapia só deve se estender enquanto faz sentido e esteja sendo benéfica para a cliente que busca crescimento ou acolhimento.
    Numa terapia as portas do consultório devem estar sempre abertas para o dia em que a cliente deseje encerrar o tratamento e prosseguir com outras formas de desenvolvimento e autoconhecimento: outras terapias, um terapeuta mais novo ou mais velho, um terapeuta do mesmo sexo ou do sexo oposto, uma outra linha de terapia, caminhos através da arte, caminhos através do esporte, de viagens, de cursos, da espiritualidade etc.

Cada sessão dura 55 minutos. O tratamento promove uma ordenação progressiva do inconsciente e respectivamente das questões pessoais da cliente.